Pois que ao som de Divano (Era), inicio agora a redação de um novo post. Novo será apenas o post, o tema já foi visto algumas vezes aqui, mas é infinito, como as tentativas de descobrir o que seria esse sentimento... Sim, “ah, o amor”, porém não assim, cheio de “aaaah”, florearei menos para mostrar melhor o que penso a respeito. Aviso antecipadamente, que você, querido leitor, talvez discorde de tudo que direi. Respeitarei também a sua opinião.
Há algumas semanas, li um artigo escrito por um amigo – agradeço ao André por apresentar-me seu texto - e me veio à tona uma vontade irrefreável de escrever sobre o que acredito com relação ao amor. Infelizmente, minha irmã, que é meu braço e minha perna direita, não poderá revisar o texto de hoje. Assim, sinto-me no dever de pedir desculpas prévias pelos possíveis erros gramaticais e de digitação, nunca tenho paciência para as devidas revisões- mas não me alongarei nisso, não cabe ao assunto.
Não vejo muitos caminhos para fugir do clichê, mas farei o possível (:
Acredito, e isso é sim muito pessoal, em um amor libertário. Por isso, custo a entender certas formas de amor que tentam me fazer engolir: relações com níveis de ciúmes excessivos, obsessões amorosas... Não desce por minha garganta. Sinceramente, evito classificar isso como amor. Aprecio minha liberdade – tenho muito amor à ela, tanto que não suportaria um relacionamento assim. Da mesma forma, não acredito naquele amor indiferente; indiferença não é amor. Então, trato do que me parece cabível classificar como o inclassificável sentimento de amar : o amor que não é “muleta”, que não é mero fruto da rotina, que não é comodismo, nem é avassalador, que não pensa na posse do outro... Classifico, pois, o amor companheiro, edificante, aquele que faz a somar dois indivíduos bastantes em si, mas que procuram outro alguém a fim de compartilhar os bons e maus momentos. Nesse sentido, trato o amor de maneira geral, não especificamente entre casais. Seria bom dissertar mais sobre esse amor mais amplo, mas eu sairia parcialmente do tema proposto...
Gosto de partilhar da idéia de que o amor pode dar-se de inúmeras formas, dependendo dos momentos e pessoas que o celebram. Um casal harmonioso hoje, pode ser um “fiasco” amanhã. Viva a inconstância, a contingência da vida...
Não creio ser isso algo ruim, se não permaneceram a jornada em harmonia, que sigam suas novas vidas felizes, ainda que com outras pessoas. Há tanto para se descobrir nesse mundo...É melhor tornar-se mais próximo daquele que irá ajudá-lo a ver o mundo de forma mais ampla, não dos que irão fechar as portas e janelas de forma a atrapalhar sua visão... Por isso acho que amor é também liberdade. Amor, na minha concepção, serve para crescimento, mesmo as desilusões e frustrações que insistem em tornarem-se seus acompanhantes inseparáveis.
Claro que é muito possível que discordem do que foi escrito, está ficando subjetivo demais... no me gusta. Termino, então, sem respostas nem receitas de bolo. O amor é humano, diverso como nós – prefiro acreditar que temos a liberdade para sermos felizes e compartilharmos do amor da melhor que podemos.
Deixo então aos possessivos, as restrições; às mercenárias, deixo as jóias; aos ciumentos, a dúvida; aos demasiadamente sonhadores, o amor platônico; e ao meu amor, deixo a liberdade e a confiança.
OBS: o TÍTULO do post é uma remodelação do subtítulo da obra de Friedrich Nietzsche, Humano demasiado humano, cujo subtítulo original é “um livro para espíritos livres”.
Beijos, até.
Texto redigido no mês de junho, com atraso de publicação.
Agradecimentos especiais ao Leandro por ter tido paciência para ler
e comentar sobre o texto comigo, obrigada pela força (: