terça-feira, maio 31, 2011

Tempos de crise, a solução.

    Como bem pode ser notado, o conceito de crise é vastamente empregado em diversas áreas do conhecimento. Entretanto, utilizamos o termo com significância vaga, com certa manifestação personificada. "Culpa da crise", "Graças a crise", ou "Devido a crise", mas que crise é essa? Tão cheia de si, tão presente e perturbadora. É mais fácil atribuir a culpa a um terceiro, mesmo que inexistente, não é? Aí entra a  visão de "crise" que criamos com tanto esmero para ser culpada oficial de nossas fraquezas.
    Por que ela e não "nós"? Sim, pois a crise é o meio perpassado por nossas atitudes. Por que não nos culpamos? Para isso, vale fazer a leitura de um exerto interessante a cerca da 'Crise' segundo Albert Einstein

Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo.A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos.A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito.
É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."

Nesse sentido, tomando como norteador o texto apresentado, o que mais é a crise além de uma obstáculo pronto para ser ultrapassado? Creio que o sentido de crise de Einstein sirva para inúmeros âmbitos de sua aplicação, desde a área financeira até crises de cunho existencial. Termino dizendo - ou melhor reproduzindo o que disse um dos maiores ícones da literatura brasileira, Guimarães Rosa - "a vida é assim [...] o que ela quer da gente é coragem".

Coragem leitores, muita coragem.
Abraços.

sábado, maio 21, 2011

Dancing in the moonlight...

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos
por aqueles que não podiam escutar a música."
( Friedrich Nietzsche)

Talvez alguns reparem, outros não, mas esse título veio de certo modo especial. Até preferi retirar o "nota" como enunciador do post e suponho que seja o primeiro título em inglês,no caso, refere-se à musica que eu estava a escutar segundos antes de iniciar a escrever (Tradução: "dançando à luz da lua").

Creio que me preocupava tanto em falar sobre algo que considerasse interessante que me esqueci de postar sobre o que amo. Não lembro quem era essa pessoa que vos fala antes da dança.  Sim, pois desde meus três anos ou menos, já arriscava passinhos numa roda de adultos/parentes...Como podem perceber, esse post tratará da mais antiga das artes praticadas pelo ser humano: a Dança.
Ora, não compreendo as pessoas que dizem não saber dançar... Dança é a obediência a um ritmo interno que se exterioriza para expressar nossas emoções. Dançamos muitas vezes sem reparar, ao caminhar mais feliz ou mesmo ao gesticular movimentos de agradecimento, alegria, etc. A música? Sim, é uma bela acompanhante, como ficam bem juntas, porém a dança não é sua dependente. O que se toma por imprescindível  é o sentimento, a expressividade, enfim, o coração.
O simples ato de mover-me com gestos dançantes- tendendo agora a um caso particular, o meu- já trás a tona a essência do que realmente sou. Nisso, parece que a espiritualidade também se conecta à dança e de tal forma que representava (e ainda representa para muitos povos) uma forma única de devoção e agradecimento a um Ser Divino em suas mais variadas formas.
Além disso, é preciso recuperar a lembrança da importância 'elemento dança' para o amor/paixão (mais uma vez, falo de dança, amor e paixão de forma abrangente, sem a exclusão das coreografias populares e dos "amores de um dia"). Já repararam o quanto se aprende sobre uma pessoa simplesmente pelo seu modo de se portar em uma dança qualquer? O "pisão" no pé seguido de um pedido de desculpas e um sorriso podem avaliar muito mais o humor e certos traços do caráter de um indivíduo que uma situação, muitas vezes forçada, do dia-a-dia; o romantismo da leveza de se deixar conduzir; a beleza/sensualidade exalada com a expressividade do corpo,etc. Por esses exemplos e tantos outroa, não há dúvidas do poder dessa arte para um casal.

Muito me entristece, atualmente, o certo preconceito com as pessoas que se declaram apaixonadas por dança. Ora, ser apaixonado por isso é adorar a vida, com cada movimento e detalhe. Esquecem-se do fortalecimento da auto-estima, do aprimoramento físico e psicológico, da contribuição para concentração e confiança- em si e no parceiro.

Não tenho a menor pretensão científica na abordagem desse tema, também não pretendi analisar nada. Nunca conseguiria descrever o que a dança representa para mim. Impossível seria. Beijos, amigos.