"Les temps sont durs pour les rêveurs"

Le Fabuleux Destin D'Amélie Poulain (O fabuloso destino de Amélie Poulain), 2001, é um filme francês dirigido por Jean-Pierre Jeunet. E não, caros leitores, não estou aqui para fazer uma resenha, nem spoiler. Conto apenas com certo nível de sensibilidade e observação do conteúdo da obra. Confesso que fiquei muito encantada com inúmeras coisas nesse filme: a abordagem, a fotografia, a narração... Senti-me uma Amélie Poulain por vezes também incontáveis.
Talvez eu possa dizer, talvez até com alguma certeza, que transito novamente. Particularmente, fazendo uso de sementes lançadas por esse filme. Isso pode parecer clichê, mas não o é, posto que algumas dessas sementes fertilizaram-se em mim. Ronovando-me mais uma vez. Outra vez retomo o que disse Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas: "Lembra-vos ainda a minha teoria das edições humanas? Pois sabei que, naquele tempo, estava eu na quarta edição, revista e emendada, mas ainda inçada de descuidos e barbarismos." Então, estou na quarta.
Tenha calma, leitor, vou colocá-lo a par da situação. O que me ocorreu foi talvez certo tipo de epifania. Essas coisas simples que fazem todo o sentido. Sim, nada mais que uma - deixa-me ver...- estranha mistura de catarse e epifania. Sim, é isso. Uma menina elucidando-se sobre o prazer do cotidiano, do ato de surpreender - aos outros e a si-, da beleza da vida. A fotografia do filme e o enredo que prioriza os aspectos mais simples e que passam tantas vezes despercebidos por nós são os fatores que ajudaram a tornar espetacular este longa neocult.
Enfim, sei que estou diferente. Não só pelo filme, seria um exagero assim dizer. Falo pela tranquilidade. Ainda pela maior disposição em servir de variadas formas para o aprimoramento de algo, pessoa, obejto... Essa vontade de sugar o prazer das situações banais da rotina. Toda essa pressa de sentimentos que eu calei por um tempo que já não consigo mensurar. Sai de mim agora aquele sorriso mais leve, um otimismo leve, bons frutos estãopor vir... Lembro-me mais de moderar minhas ações e, principalmente, moderar minhas moderações. Uma pessoa mais lúcida com o poder do sonho, talvez... Um alívio com a natureza humana, e só.
De qualquer forma, deixo o trailer logo abaixo para os mais curiosos. :)
Mas é aquela velha história... Nem sempre o que é bom para mim é bom para o outro também. Pode ser que seja apenas "mais um filme" na visão de alguns. Que seja! Esta aí a graça.
Beijos, boa noite.
Talvez eu possa dizer, talvez até com alguma certeza, que transito novamente. Particularmente, fazendo uso de sementes lançadas por esse filme. Isso pode parecer clichê, mas não o é, posto que algumas dessas sementes fertilizaram-se em mim. Ronovando-me mais uma vez. Outra vez retomo o que disse Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas: "Lembra-vos ainda a minha teoria das edições humanas? Pois sabei que, naquele tempo, estava eu na quarta edição, revista e emendada, mas ainda inçada de descuidos e barbarismos." Então, estou na quarta.
Tenha calma, leitor, vou colocá-lo a par da situação. O que me ocorreu foi talvez certo tipo de epifania. Essas coisas simples que fazem todo o sentido. Sim, nada mais que uma - deixa-me ver...- estranha mistura de catarse e epifania. Sim, é isso. Uma menina elucidando-se sobre o prazer do cotidiano, do ato de surpreender - aos outros e a si-, da beleza da vida. A fotografia do filme e o enredo que prioriza os aspectos mais simples e que passam tantas vezes despercebidos por nós são os fatores que ajudaram a tornar espetacular este longa neocult.
Enfim, sei que estou diferente. Não só pelo filme, seria um exagero assim dizer. Falo pela tranquilidade. Ainda pela maior disposição em servir de variadas formas para o aprimoramento de algo, pessoa, obejto... Essa vontade de sugar o prazer das situações banais da rotina. Toda essa pressa de sentimentos que eu calei por um tempo que já não consigo mensurar. Sai de mim agora aquele sorriso mais leve, um otimismo leve, bons frutos estãopor vir... Lembro-me mais de moderar minhas ações e, principalmente, moderar minhas moderações. Uma pessoa mais lúcida com o poder do sonho, talvez... Um alívio com a natureza humana, e só.
De qualquer forma, deixo o trailer logo abaixo para os mais curiosos. :)
Beijos, boa noite.

